MORBIMORTALIDADE DE PESSOAS IDOSAS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
Resumo
Este trabalho levanta certos dilemas, debates e questionamentos sobre atitudes e definições que estão sendo tomadas em relação aos idosos em tempos de COVID-19. Considera-se que se perdem as conquistas emancipatórias e cidadãs dos idosos, surgindo processos de expiação que os responsabilizam pela morte e pela ansiedade que ela desperta. As medidas de confinamento a que estão sujeitos têm mais a ver com processos ambivalentes do que com o facto de serem realmente o grupo de risco por excelência. Nota-se que esses processos estão ocorrendo sem ser percebido, sem poder pensar ou dizer. Tiram a cidadania dos idosos, tornando-os precários e envelhecidos e sem capacidade de resposta. É o movimento descrito da “revolução” gerontológica à “expiação” gerontológica. Está relacionado com a impossibilidade de dar respostas integrativas a situações que, no entanto, exigem respostas imediatas para evitar chegar a situações extremas de crise social e tanatopolítica.
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