OS IMPACTOS DA PANDEMIA DE COVID-19 NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Resumen
Os impactos da crise sanitária evidenciaram a fragilidade do sistema de proteção social brasileiro que, estruturalmente, já sentia os impactos das reformas promovidas pelas políticas de ajuste fiscal neoliberais. Em contrapartida o capital buscou consolidar político-economicamente estratégias para assegurar a acumulação no contexto da pandemia. No Brasil, governado pela extrema-direita e ultraneoliberal os efeitos da crise econômica vêm assolando a classe trabalhadora, especialmente, os segmentos populacionais excluídos do mercado de trabalho, que agora se veem dependentes das políticas públicas sociais. Todavia, em função dos impactos das reformas neoliberais a seguridade social foi comprometida, mais especificamente a partir da EC 95. Nesse contexto, os desdobramentos da pandemia de Covid-19 agudizaram a crise econômica e demonstrou a importância das políticas sociais públicas na proteção social. Entretanto, mesmo em um contexto socioeconômico que potencializa a expansão das expressões da questão social, portanto amplia as demandas e requisições sociais para política de assistência social, o acesso aos direitos socioassistenciais não é concebido a partir da perspectiva de universalidade, mas da seletividade. A assistência social caracteriza-se como objeto em permanente disputa, nessa direção é preciso fomentar estratégias coletivas de enfrentamento e de resistência para a defesa dos direitos sociais.
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