INTEGRALISMO LUSITANO ENTRE CIRCULAÇÕES E COMPARAÇÕES COM O FASCISMO BRASILEIRO

Autores

  • Leandro Pereira Gonçalves Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.18223/hiscult.v13i1.4364

Resumo

O Integralismo Lusitano (IL), fundado em 1914 por jovens intelectuais, visava estabelecer um regime monárquico corporativista em Portugal. Liderado por figuras como António Sardinha, Alberto de Monsaraz, José Hipólito Vaz Raposo, José Pequito Rebelo, Luís de Almeida Braga e Francisco Rolão Preto, o grupo buscava a restauração nacional com base nos valores medievais e no cristianismo. Paralelamente, defendia o nacionalismo, alinhando-se com tendências presentes no Brasil, onde se estabeleceu a mais bem-sucedida expressão do fascismo fora da Europa, a Ação Integralista Brasileira (AIB), liderada por Plínio Salgado. Embora a composição dos integralismos português e brasileiro não seja idêntica, este estudo busca analisar como o movimento em Portugal influenciou seu congênere brasileiro, ambos inseridos em um contexto comum dentro de uma rede intelectual, o que contribuiu para a interlocução política entre os dois países.

Biografia do Autor

Leandro Pereira Gonçalves, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professor de História do Departamento de História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com atuação no Programa de Pós-Graduação em História. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Pesquisador CNPq e FAPEMIG. Atualmente exerce o cargo de coordenador do Programa de Pós-Graduação em História. Doutor em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com estágio (Fundação Calouste Gulbenkian e CAPES) no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa) e com pós-doutoramento pela Universidad Nacional de Córdoba (Centro de Estudios Avanzados/Argentina). Pesquisador no Laboratório de História Política e Social (LAHPS/UFJF), no Laboratório de Comunicação Contemporânea e Audiovisual (LACCA/UFJF) e no Laboratório de Estudos de Imigração (LABIMI/UERJ). Membro do Conselho Administrativo da International Association for Comparative Fascist Studies (ComFas) e do Conselho Deliberativo da Associação Nacional de História, Minas Gerais (2022-2024). Investigador colaborador do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa (CEHR/UCP) e Colaborador externo do HISPONA/Universidade de Santiago de Compostela. Líder do Grupo de Pesquisa (CNPq) e Coordenador da Rede de Investigação Direitas, História e Memória. Pesquisador do Observatório da Extrema Direita, da Rede Internacional Conexões Lusófonas: ditadura e democracia em português, da International Network for Analysis of Corporatism and Organized Interests e do Grupo de Trabajo Derechas contemporáneas: dictaduras y democracias (CLACSO). As pesquisas recentes concentram-se em questões relacionadas à História da América Latina e História Ibérica em uma pesrpectiva transnacional, sobretudo no âmbito dos estudos das direitas, dos fascismos, dos corporativismos, do integralismo, do salazarismo e do franquismo.

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Publicado

2024-08-22