O STJ E A JURISPRUDÊNCIA AMBIENTAL: ENTRE AVANÇOS E RETROCESSOS

Autores

  • Gabriela Cristina Braga Navarro UNIVERSIDADE FEDERAL JUIZ DE FORA

DOI:

https://doi.org/10.22171/rej.v18i27.1245

Resumo

O objetivo do trabalho é demonstrar eventuais incoerências nas decisões acerca do direito ambiental, tendo por base o caso paradigmático do dano extrapatrimonial ambiental no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Através da análise cronológica de diversas decisões, verificou-se que existe uma disparidade entre as decisões das duas turmas do STJ responsáveis pelo julgamento de lides ambientais. Enquanto uma turma entende possível o dano moral, com base na aplicação do princípio in dubio pro natura, outra turma entende que o sentimento de dor é individual e, portanto, incompatível com o dano ambiental. Verificou-se também a utilização de argumentos procedimentais e formais para afastar inclusive a análise do mérito da questão. Conclui-se pela necessidade de uma modificação profunda no paradigma interpretativo relativo a conflitos jus-ecológicos, passando de um viés individualista, patrimonialista e antropocêntrico para um viés transindividual e extrapatrimonial.

Biografia do Autor

Gabriela Cristina Braga Navarro, UNIVERSIDADE FEDERAL JUIZ DE FORA

Professora assistente de direito administrativo da UFJF/GV. Mestre em direito pela UFSC. Bacharel em direito pela Unesp.

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Publicado

2015-02-03

Como Citar

NAVARRO, G. C. B. O STJ E A JURISPRUDÊNCIA AMBIENTAL: ENTRE AVANÇOS E RETROCESSOS. Revista de Estudos Jurídicos da UNESP, Franca, v. 18, n. 27, 2015. DOI: 10.22171/rej.v18i27.1245. Disponível em: https://seer.franca.unesp.br/index.php/estudosjuridicosunesp/article/view/1245. Acesso em: 14 nov. 2024.

Edição

Seção

Tutela e Efetividade dos Direitos da Cidadania