DISFORIA E FRATURA: A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO ENTRE HISTÓRIA E LITERATURA NA FICÇÃO MOÇAMBICANA

Autores

  • Ubiratã Roberto Bueno Souza Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.18223/hiscult.v9i1.2400

Resumo

Revisitando o primeiro e mais basilar romance de Ungulani Ba Ka Khosa, Ualalapi (1987), o presente artigo objetiva delinear alguns traços da obra do escritor moçambicano, buscando investigar como, através de uma apropriação de elementos da história de Moçambique aliada à ficcionalização, Ba Ka Khosa constrói um tipo de conhecimento acerca de seu próprio país. Ao insistir nessa relação entre o trabalho estético e a apropriação criativa de elementos da história, Ba Ka Khosa faz uma opção política por um distanciamento crítico das visões mais eufóricas e otimistas acerca da compreensão dos processos históricos vividos pelas populações moçambicanas, situando sua produção literária justamente nas fraturas e nas cisões sociais e políticas de seu país.

Biografia do Autor

Ubiratã Roberto Bueno Souza, Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, Universidade de São Paulo

Possui graduação em Letras (2012), pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (USP), mestrado acadêmico em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa (2014), pela FFLCH (USP). Atualmente é doutorando no Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, na mesma instituição. Entre março e julho de 2017 cumpriu estágio doutoral sob os auspícios da bolsa do Programa Doutorado Sanduíche no Exterior da Capes em Maputo, Moçambique. Tem experiência em crítica literária e suas interfaces com a história social e sociologia histórica, investigando os estudos africanos e da diáspora africana no Brasil.

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Publicado

2020-07-06